segunda-feira, 25 de maio de 2015

Termos quadrinhísticos que feliz ou infelizmente somos obrigados a conhecer para acompanhar os universos Marvel/DC no cinema e na TV. Parte 1

O espaço a fronteira final esta é a viagem da...ops. Início errado...

           Cansado de ir ao cinema ou assistir séries de heróis e ouvir os amigos comentando termos como reboot, cronologia, retcon, multiverso, entre outros e não ter noção do que significa? E ao pedir uma explicação receber algo tão complexo quanto entender um professor chileno explicando física em português?
       


      
    Vamos tentar ajudá-lo de uma forma que até está pessoa poderia entender...



      O estabelecimento dos heróis como gênero nos cinemas e TVs trouxe dos quadrinhos alguns termos pouco conhecido do público, mas que estão se tornando cada vez mais comuns nos bate-papos pseudo – nérdicos. Como cronologia, multiverso, reboot e retcon.



CRONOLOGIA

           A cronologia significa simplesmente a organização sequencial dos eventos de um personagem, em sua vida civil e heroica. Porém, para os personagens que interagem em um mesmo universo, a cronologia deve também estabelecer os impactos de eventos de um personagem na vida dos demais, mesmo afastados por cidades, países ou planetas.

           Um bom exemplo do seu uso ocorre durante o arco de histórias O Retorno do Super-Homem, uma sequência que ressuscitaria o então falecido homem de aço. Na história, quatro possíveis Super-Homens aparecem para ocupar o lugar do falecido. Entre possibilidades rejuvenescimento, reencarnação, ou transformação em ciborgue, o vilão Mongul, vaporiza a cidade de Coast City, na California, lar do Lanterna Verde.

          O Lanterna Verde, Hal Jordan, protetor de Coast City estava em missão no espaço quando sua cidade foi destruída, e ao retornar o impacto da destruição, e o sentimento de culpa, o fizeram enlouquecer e tentar ressuscitar todos os mortos com o poder do seu anel, mas foi detido pelos Guardiões do Universo. Descontrolado, Hal decide tomar todo o poder para si e apagar a destruição e parte para OA, planeta sede da Tropa dos Lanternas Verdes. No caminho, derrota e rouba o anel dos principais membros da tropa e por fim enfrenta seus antigos mestres e a tropa, matando-os ao absorver toda a bateria central. Naquele momento, Hal Jordan, o maior de todos os Lanternas Verdes se tornaria Parallax um dos maiores vilões do universo.
  
Hal Jordan enlouquecendo graças ao Super-Homem

        No cinema, a cronologia pode causar certos problemas quando não recebe a devida atenção. Quem não lembra de Velozes e Furiosos 3? Onde este filme se encaixa nos demais?  Temos também o possível caso do vindouro filme do Esquadrão Suicida, que cronologicamente se passaria antes de Batman versus Superman. Claro especulando sobre as notícias vazadas.


MULTIVERSO




Curiosamente, o conceito de Multiverso introduzido nos quadrinhos e nas séries de TV da DC por um mesmo personagem o Flash.




A culpa sempre é de Barry Allen, a diferença é que a introdução desta ideia na TV está aos poucos sendo inserida com outro ponto fantástico a viagem no tempo.

Nos quadrinhos o conceito de Multiverso foi usado pela primeira vez oficialmente com a publicação da revista The Flash nº 123 em 1961, na história chamada Flash of two worlds (Flash de dois mundos), no qual o Flash da era de ouro, Jay Garrick, encontra-se com o Flash da era de prata, Barry Allen (aquele da série de TV), quando este último vibrando suas moléculas em alta velocidade atravessa as barreiras vibratórias que separam os universos, chegando a Terra 2, lar dos heróis do anos 1930, 40 e 50, ou resumidamente a Era de Ouro dos quadrinhos.

 
Reparou no uniforme do Jay? Assiste a série Flash????? Lembra do chapéu com asinhas?


           O recurso de Multiverso passou a ser utilizado tanto por DC quanto por Marvel de forma a contar histórias de seus personagens queridos sem afetar a cronologia, repassando também liberdades aos escritores para histórias mais adultas e políticas.
        
             
         Na DC, o recurso foi utilizado sob o selo Elseworlds, chamada no Brasil de Túnel do Tempo, onde se publicou joias baseadas no princípio do efeito borboleta. Entre alguns títulos de destaque estão:

Liga da Justiça - O PREGO: Um mundo onde o casal Kent não encontra o bebê vindo de Krypton, pois um prego furou o pneu da caminhonete. E o casal aproveitou o incidente para encomendar a cegonha seu próprio bebê (!). Mas de volta a história, qual o impacto da ausência de um Super-Homem na formação da Liga da Justiça, e sobre os outros heróis individualmente?



REINO DO AMANHÃ: Um mundo no qual o Coringa vai a Metrópolis e mata diversos repórteres do Planeta Diário entre eles, Lois Lane. Quando o palhaço é encontrado é assassinado, mas não pelo Super-Homem, mas por um novo herói Magog. E a população fica a favor da atitude, levando o homem de aço a aposentadoria, seguido de outros combatentes do crime. Estes são substituídos por uma nova geração que não se importa com os inocentes, pelo contrário, os põem em risco em uma disputa para ver quem é o melhor. Mas anos depois, um evento trará o Super-Homem de volta e junto com ele o apocalypse?
           
            


                 A Marvel, usou esse recurso muito antes com uma série de aventuras chamadas What If?, conhecida no Brasil por “O que aconteceria se....?”, mostrando resultados diferenciados para grandes histórias da Marvel. Entre as principais: O que aconteceria se a Fênix não tivesse morrido? O que aconteceria se o Demolidor tivesse matado o Rei do Crime? O que aconteceria se
Posteriormente, uma equipe de heróis seria montada para proteger possíveis falhas que levaria a destruição multiversal...os EXILADOS.
                 
Os Exilados originais eram:

Blink, retirada da realidade da saga a Era de Apocalypse, uma realidade alternativa, onde o filho de Charles Xavier, voltou no tempo para matar o Magneto, antes que esse atrapalhasse os planos de coexistência pacífica de seu pai, mas por acidente matou o próprio. E sem Xavier, o mutante Apocalypse dominou quase que o mundo inteiro sendo detido apenas por um grupo de heróis criado por Magneto e sua esposa Vampira, inspirado em seu falecido amigo, os X-men;

Nocturna, TJ Wagner, vinda de uma realidade onde é filha do Noturno com a Feiticeira Escarlate (irmã Olsen, escapou dessa no cinema), onde o Rei das Sombras dominou o corpo do Wolverine e o fez matar o Professor Xavier. Transformando o Ciclope em um terrorista emo em busca de vingança.

Mimico, Calvin Ralkin, oriundo do Universo-12, onde anteriormente membro da Irmandade de Mutantes, se torna um X-men, e símbolo da união entre humanos e mutantes.

Morfo, Kevin Sidney, capaz de transformar o corpo em qualquer coisa, é o alivio cômico do grupo, alterando de formas para fazer referencia a boas piadas, em seu universo foi membro dos Novos Mutantes, X-men e Vingadores.

Sasquatch, Heather Hudson, originaria do Universo-3470, canadense e brilhante cientista que ao pesquisar a cura do câncer foi atingida por uma explosão gama e se tornou a heroína peluda. Casada com o Wolverine deste mundo e membro da Tropa Alfa, se viu obrigada a matá-lo após este ter enlouquecido. Substitui o exilado Pássaro Trovejante, que morreu na primeira missão com o grupo, normal afinal todo Pássaro Trovejante morre em sua primeira missão por algum grupo.

Solaris, Mariko Yashida (aquela paixão de Logan, em Wolverine Imortal), com poderes de energia térmica e voo, entrou para o grupo para substituir Magnum, grande amiga e paixão de Morfo, mas para decepção do herói revelou ser lésbica. Namorou, Mary Jane Watson de um universo paralelo, onde está foi picada por uma aranha radioativa e se tornou a Mulher-Aranha. Morreu em missão.

  
Imersão maior de multiverso do que nas histórias dos Exilados seria quase impossível, e olha que está foi apenas a primeira formação da equipe, e claro a melhor de todas.
Em breve, em uma matéria própria exploraremos os universos alternativos mais sombrios e cômicos da DC e Marvel, indo de zumbis a animais falantes superpoderoso.

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